O universo das metodologias ágeis possui dois conceitos que precisam ser conhecidos: o lead time e o cycle time.
O lead time é o tempo que existe entre o momento em que a tarefa surge e a sua finalização. Um pedido, por exemplo, o lead time começa a ser contado quando a demanda é feita e acaba quando a entrega é feita.
Já o cycle time é o tempo que existe entre o momento em que a tarefa começou a ser executada – ou seja, entrou em progresso – e o seu final. Ou seja, o cycle time é o tempo do desenvolvimento que está contido dentro do lead time. É parte dele. Mas então por que existe essa diferença?
Porque entre o tempo que surge a demanda e o tempo em que efetivamente a ação começa a ser executada existe um intervalo (que por sua vez é chamado de reaction time). Imagine que a gestão do Trade defina que vai fazer uma campanha de Páscoa. A demanda foi feita e o trabalho vai ser feito.
Para saber qual vai ser o tempo total que será gasto até a finalização – ou seja, o lead time – é preciso saber qual o tempo até que comece o desenvolvimento (o reaction time). Vamos imaginar que seja, 5 dias. Depois, qual o tempo da execução – ou seja, o cycle time. Vamos pensar que é de 25 dias até o final da campanha. Assim, nesse exemplo, o lead time é de 30 dias.
Como saber o tempo que leva para a execução? A resposta são os user story points. Eles são a métrica que pode dizer qual o tamanho da complexidade envolvida na tarefa e mensurar a sua duração. A partir do momento em que se usa essas métricas e há a criação de um histórico fica mais fácil mensurar o tempo para cada execução.
É muito importante utilizar essas métricas para saber com mais precisão a capacidade de entrega do seu time e também para poder negociar com a direção os prazos, se for o caso. Quem não mede não tem como negociar. Quem domina essas métricas tem a chance de ser mais do que um executor, se transformando em um negociador.